Tradicionalmente, temos tido o 14 de setembro de como sendo o aniversário de Pilar. Assim como o ato de lembrar é uma forma de reconhecimento, a rememoração da emancipação política da nossa cidade é uma oportunidade para avaliar a importância desse acontecimento. Pilar vive os 252 de Emancipação Política. Sua fundação perde-se na história, mas a origem de tudo deu-se ao desenvolvimento econômico da Paraíba em vista da produção açucareira que lhe trouxe um grande prestígio em virtude dos inúmeros engenhos distribuídos pelas várzeas e baixios do território, passando a ser reconhecida no cenário paraibano como a primeira vila, período que deu a Pilar um referencial histórico, hoje é uma cidade sem muito destaque dependente apenas de um período remoto para ser lembrada, diante desse contexto não podemos deixar de amadurecer as idéias que estabeleçam condições específicas capaz de gerar um resgate digno e merecedor da ascensão de uma história que inspirou tantos filhos para documentar a trajetória da querida Pilar, filhos estes que tanto quanto os que realmente ainda travam lutam pela dignidade de Pilar morreram acalentando sonhos de uma pilar com mais dignidade, elemento indispensável à cidadania. Não é possível reunir em uma homenagem tantos fatos que envolvem a trajetória histórica da nossa singela Pilar, mas nos dar a oportunidade de evocar o registro do decreto da Carta Régia assinada por D. Maria I rainha de Portugal em 14 de setembro de 1758 elevando o povoado, hoje Pilar a categoria de Vila, sendo batizada como Vila do Pilar dos cariris Baixo, o que requer de nós reflexões sobre a nossa evolução política, cultural, social, econômica nos convocando a uma responsabilidade coletiva na edificação de uma realidade adaptada a uma visão integral na especificidade da formação social. A nossa história está fundamentada também no aspecto religioso, a presença dos missionários liderados pelo Padre Antônio Maria de Modena, incumbidos de edificar os alicerces da fé católica para catequizar os índios, projeto dos colonizadores. Esses missionários fundam um colégio o qual é nomeado como Convento de Nossa Senhora Del Pilar, em homenagem a Padroeira espanhola, a imagem dessa santa e São Fidélis trazidos da Espanha torna-se para Pilar, o símbolo da fé católica e reconhecida como padroeira. Mediante ao contexto histórico Pilar dá berço em 01 de junho de 1901 a um dos maiores escritores da literatura brasileira, José Lins do Rego Cavalcante.
Pilar se destaca entre as poucas existentes no interior da Paraíba, como uma cidade com raízes culturais muito fortes ligadas à História deste estado, com ações em favor da sua vocação turística, marco vivo de épocas significativas para a história política, econômica, social, cultural e religiosa, não apenas da Paraíba, mas do próprio país.
Nesta cidade é possível viajar no tempo dos engenhos, que fizeram encravar o período da civilização açucareira; ver de perto o cenário do Engenho Corredor, o fictício Engenho Santa Rosa dos romances de José Lins do Rego, e a própria cidade de Pilar que serviu de palco para os principais livros do chamado ciclo da cana de açúcar do escritor José Lins do Rego.
Além dos engenhos, atrativos com relevante valor histórico, cultural e literário, a cidade de Pilar oferece pelo menos dezesseis locais para visitação, fazendo-a receber turistas, pesquisadores e estudantes de vários recantos deste Estado, deste país e até de outros países, sensibilizados com os romances de Zé Lins.
Aqui, o turista é envolvido pela excelente gastronomia, entre outros, a galinha de capoeira à cabidela, buchada, picado de bode e de porco, mungunzá, peixe de água doce ao molho de coco. Mas se o turista preferir pratos leves pode-se optar pelos alimentos preparados com farinha de mandioca ou de milho. Entre eles, a tapioca com queijo, coco-seco e leite de coco, e o doce de batata doce etc. Há também tradição em pamonhas, canjicas, bolos, pés-de-moleque, beiju de mandioca feito na palha da bananeira e o doce de batata doce.
Em Pilar o artesanato revela tradições. As paisagens, os monumentos e prédios da cidade são traduzidos por mãos habilidosas para a casca do cajá. As nossas fuxiqueiras desenvolvem seu fuxico com um diferencial. Ainda é possível encontramos uma diversidade de artesanatos entre eles trançados (cestas, porta-revistas, chapéus, ventarolas, balaios, peneiras, bolsas, dentre outros), cestarias, panela de barro, rede de pesca, jereré, crochê, tricô, pintura em porcelana e em tela, cerâmicas (potes, moringas, bules, tigelas, travessas, prato, panelas) etc.
Durante as suas festas mais significativas, a cidade se enche de visitantes interessados em se divertir à vontade nesta cidade tranqüila e muito hospitaleira.
Hoje, passados 252 da sua emancipação política Pilar se orgulha da sua gloriosa História, dos seus filhos ilustres, da sua religiosidade!*
PARABÉNS PILAR, ETERNA RIBEIRINHA!
QUE DEUS E NOSSA SENHORA DO PILAR DERRAME SUAS BÊNÇÃOS!
* Colaboradores: Profª Maria das Graças Silva e Lucimário Augusto
Nenhum comentário:
Postar um comentário